abril 30, 2012


Fome


                           Gilda Balbino

No mês de novembro do ano passado, o IBGE informou que 18 milhões de pessoas no país passaram fome em 2009, ou usando uma linguagem politicamente correta, passaram por "insegurança alimentar grave".

Somados aos que passaram por "insegurança alimentar moderada e leve", chegou-se à "módica" cifra de 65,6 milhões de pessoas que, de alguma forma, foram privados do mínimo necessário para se alimentar diariamente.

Esses números divulgados pelo IBGE demonstram que ainda assim, houve progressos nos últimos anos, haja vista que 15,5% de pessoas passaram para o estado de "segurança alimentar."

Avançamos na redução da mortalidade infantil.

Entre 1998 a 2008 foi possível preservar a vida de 26 mil crianças.

Contudo, nesse mesmo período, 81 mil adolescentes brasileiros foram assassinados, com idades entre 15 e 19 anos.

Precisamos efetivamente romper esse círculo vicioso da pobreza, da miséria, da violência, da falta de valores, e falta de acesso a serviços essenciais para atendimento da população.

O Governo do Estado, pelo menos na competência afeta à Secretaria do Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social têm mostrado disposição em melhorar a gestão dos programas sociais, focalizando políticas voltadas para as famílias, a exemplo do que se praticava antes da extinção da Fundação de Promoção Social.

A profissionalização de homens, mulheres e adolescentes, objetivando uma melhor inserção no mercado de trabalho, num futuro próximo, a priorização no atendimento da demanda dessa clientela mais desassistida nos programas habitacionais, aliados ao reajuste do Bolsa-Familia efetivado pelo Governo Federal, medida paliativa que dá aos mais pobres a possibilidade de melhorar imediatamente o seu nível de vida diante das suas desvantagens estruturais no presente, além da busca de parcerias com todos os atores envolvidos nessa luta, têm sido a tônica do seu trabalho frente à essa pasta.

Conspira, contra toda esse estilo novo,"sem pirotecnias," da nova Secretária, os cortes anunciados nos orçamentos estadual e federal atingindo programas na área de erradicação do trabalho infantil, violência sexual, violência doméstica, saúde, adolescentes autores de atos infracionais, educação, dentre outros, não tão menos importantes.

É necessária uma sinergia entre os diversos órgãos da área social, das bancadas estadual e federal na implementação de estratégias com vistas à consecução de garantias de que haja uma reversão nessas decisões, impedindo-se , dessa forma retrocessos que muito irão prejudicar enorme parcela da população .

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