Fome
Gilda Balbino
No
mês de novembro do ano passado, o IBGE informou que 18 milhões de pessoas no
país passaram fome em 2009, ou usando uma linguagem politicamente correta,
passaram por "insegurança alimentar grave".
Somados
aos que passaram por "insegurança alimentar moderada e leve",
chegou-se à "módica" cifra de 65,6 milhões de pessoas que, de alguma
forma, foram privados do mínimo necessário para se alimentar diariamente.
Esses
números divulgados pelo IBGE demonstram que ainda assim, houve progressos nos
últimos anos, haja vista que 15,5% de pessoas passaram para o estado de
"segurança alimentar."
Avançamos
na redução da mortalidade infantil.
Entre
1998 a 2008 foi possível preservar a vida de 26 mil crianças.
Contudo,
nesse mesmo período, 81 mil adolescentes brasileiros foram assassinados, com
idades entre 15 e 19 anos.
Precisamos
efetivamente romper esse círculo vicioso da pobreza, da miséria, da violência,
da falta de valores, e falta de acesso a serviços essenciais para atendimento
da população.
O
Governo do Estado, pelo menos na competência afeta à Secretaria do Trabalho,
Emprego, Cidadania e Assistência Social têm mostrado disposição em melhorar a
gestão dos programas sociais, focalizando políticas voltadas para as famílias,
a exemplo do que se praticava antes da extinção da Fundação de Promoção Social.
A
profissionalização de homens, mulheres e adolescentes, objetivando uma melhor
inserção no mercado de trabalho, num futuro próximo, a priorização no
atendimento da demanda dessa clientela mais desassistida nos programas
habitacionais, aliados ao reajuste do Bolsa-Familia efetivado pelo Governo
Federal, medida paliativa que dá aos mais pobres a possibilidade de melhorar
imediatamente o seu nível de vida diante das suas desvantagens estruturais no
presente, além da busca de parcerias com todos os atores envolvidos nessa luta,
têm sido a tônica do seu trabalho frente à essa pasta.
Conspira,
contra toda esse estilo novo,"sem pirotecnias," da nova Secretária,
os cortes anunciados nos orçamentos estadual e federal atingindo programas na
área de erradicação do trabalho infantil, violência sexual, violência
doméstica, saúde, adolescentes autores de atos infracionais, educação, dentre outros,
não tão menos importantes.
É
necessária uma sinergia entre os diversos órgãos da área social, das bancadas
estadual e federal na implementação de estratégias com vistas à consecução de
garantias de que haja uma reversão nessas decisões, impedindo-se , dessa forma
retrocessos que muito irão prejudicar enorme parcela da população .
Nenhum comentário:
Postar um comentário